sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

IMORTALIDADE


Como morrerás,
se o brilho dos teus olhos está gravado em minhas retinas?
Como morrerás,
se o som do teu riso e do teu pranto estão gravados em meus ouvidos?
Como morrerás,
se o toque das tuas mãos está tatuado na minha pele?
Como morrerás,
se as palavras da tua boca fizeram ninho no meu coração?
Como morrerás, se o teu coração pulsa na memória dos meus sentidos?
Como morrerás, se estás, para sempre, vivo em minhas lembranças?
Como morrerás, se a minha alma e a tua alma dançam na imortalidade do que é infinito?


(Lígia Spengler, 31/03/2006)