segunda-feira, 12 de agosto de 2013

IMORTALIDADE



Como morrerás,
se o brilho dos teus olhos está gravado em minhas retinas?
Como morrerás,
se o som do teu riso e do teu pranto estão gravados em meus ouvidos?
Como morrerás,
se o toque das tuas mãos está tatuado na minha pele?
Como morrerás,
se as palavras da tua boca fizeram ninho no meu coração?
Como morrerás, se o teu coração pulsa na memória dos meus sentidos?
Como morrerás, se estás, para sempre, vivo em minhas lembranças?
Como morrerás, se a minha alma e a tua alma dançam na imortalidade do que é infinito?


(Lígia Spengler, 31/03/2006)

2 comentários:

  1. Lindo poema! Seu toque de Midas com as palavras sempre me encanta. Só aos poetas é concedida essa virtude de transformar tudo em beleza. Dançar "na imortalidade do que é infinito". Que linda expressão poética!

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    1. Obrigada, Eliana!! Quem me dera ter esse toque de Midas e transformar tudo em beleza... Beijos

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