quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Soneto


Amo-te quanto em largo, alto e profundo

Minh’alma alcança quando, transportada,

Sente, alongando os olhos deste mundo,

Os fins do Ser, a Graça entressonhada.


Amo-te em cada dia, hora e segundo:


À luz do Sol, na noite sossegada.


E é tão pura a paixão de que me inundo


Quanto o pudor dos que não pedem nada.



Amo-te com o doer das velhas penas;


Com sorrisos, com lágrimas de prece,


E a fé da minha infância, ingênua e forte.


Amo-te até nas coisas mais pequenas.

Por toda a vida. E, assim Deus o quiser,


Ainda mais te amarei depois da morte.



Elizabeth Barret Browning


(Tradução de Manuel Bandeira)

4 comentários:

  1. Pois é minha Mana Torta do coração...quem já não amou e ama assim? Presente!
    Te amo!

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  2. É esse amor vivido e declarado que faz a gente perceber que outros, além de nós o conhece, acredita nele e o reverencia com entusiasmo impar.

    Um beijo

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  3. Parabéns pelo blog.
    Gostei muito.
    DEUS NOS GUARDE!
    Elenice

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  4. Querida amiga Lígia!
    Adorei o Soneto. Muito lindo mesmo, ainda mais falando de amor. Meus parabéns!
    POETA CIGANO - 18/02/2010

    carlosrimolo.blogspot.com

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