
Enquanto o homem trabalha, corre e se cansa
Na luta diária, na busca frenética,
Louca e sem esperança...
O poeta descontente se esconde,
A inspiração que tão fácil lhe aflorava
Simplesmente já não responde...
O poeta morre lentamente
De forma contundente,
Pelas palavras esquecidas na gaveta,
Na estante, na mesa, na alma, no coração...
Vendo o tempo escorrer pela ampulheta,
Chora os sonhos perdidos na sua acomodação.
O poeta sensível, de pena instigante,
Torna-se vazio, desabitado da poesia...
Ele, que já fora dono da palavra cativante,
Vê que agiu de forma insana e perdeu toda a magia...
Então, quer retornar, voltar ao ponto de partida,
E acha que pode, e pensa que ressuscita,
Mas no último suspiro, sem alarde,
Entre as lágrimas que escorrem,
Em lenta agonia, percebe ser muito tarde...
Lígia Spengler
Bela poesia, nos faz refletir...
ResponderExcluirBjs
Mila
Lígia, seu talento para poesia é indiscutível, quem é poeta nasce poeta. Você precisa editar seus poemas para que o mundo conheça e reconheça o dom maravilhoso que Deus lhe deu.
ResponderExcluirBjssssssss
Iza Almeida.
Fosse eu um poeta, diria que a "Ultima Inspiração" é minha, tal a identificação que eu encontrei no conteúdo dessa maravilha.
ResponderExcluirTer uma irmã poetisa, tão talentosa, tão amada dá nisso.
Ela descreeve em versos minha essência e vai mostrando a mim mesmo, quem eu mesmo custo a saber o que sou.
Magnífico!