terça-feira, 14 de dezembro de 2010

NO MEIO DA RUA



Hoje saí para tomar chuva.
Deixei a água do céu lavar minhas impurezas.
Deixei meu pensamento voar livre,
Enquanto a chuva molhava meu corpo.
E no meio da rua me despi
De preconceitos,
Anseios,
Receios.
No meio da rua me despi
Da brutalidade,
Vulgaridade,
Comodidade.
No meio da rua me despi
Da intransigência,
Incoerência,
Ambivalência.
Deixei-me ficar completamente nua,
Pois no meio da rua me despi
Da covardia,
Agonia,
Asfixia.
Quando voltei para casa
E me olhei no espelho,
O que restou
Era poesia.


Lígia Spengler

3 comentários:

  1. Ô Mana, que coisa linda!
    Você é mesmo poesia que alegra minha vida!
    Saudade demais!
    Te amo

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  2. Você é minha Mana Torta mais linda do mundo e é uma felicidade indescritível ter você na minha vida e no meu coração!
    Saudades imensas!
    Te amo desde sempre e para sempre!!!!
    Beijos

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  3. Posso chutar o balde?

    Chutarei!

    "Toda mulher bonita é a amante lésbica de si mesma."

    Nelson Rodrigues

    Há em (no meio da rua) muito do que disse, Nelson.

    Minha Amada Irmã de Pele Clara,

    Magnífico!

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