
Às vezes, pequenos grandes terremotos
Ocorrem do lado esquerdo do meu peito.
Fora, não se dão conta os desatentos.
Entre a aorta e a omoplata rolam
Alquebrados sentimentos.
Entre as vértebras e as costelas
Há vários esmagamentos.
Os mais íntimos
Já me viram remexendo escombros.
Em mim há algo imóvel e soterrado
Em permanente assombro.
Affonso Romano de Sant'anna
Querida amiga Lígia!
ResponderExcluirLinda poesia e excelente escolha por Affonso Romano. Adorei!
Beijos poéticos!
Poeta Cigano!!!!!
carlosrimolo.blogspot.com
De assombros parecidos me fiz em silêncio verbal enquanto que aos berros da minha mente, produzia textos.
ResponderExcluirJuntá-los enredando-os a serviço da construção de uma história vivida, experimentada na carne, foi algo quase que involuntário.
Daí, se pode conceber outro filho.
Era o nascimento de um livro!