
Amadureço
na palavra
que amadurece.
Entre fibras, sangue, desejo,
que intumesce.
No amor
onde cresço, me acresço,
eis a messe.
Nivelar
é navalhar a liberdade.
E viver é longa estrada,
é recôndita vontade
dita e não dita:
vocábulo,
coágulo.
Amadurecer.
Lúcido,
lúdico.
Na maravilha.
Na armadilha.
Amadurecer no âmago.
O âmago amargo.
O amargo âmago, amado.
Amadurecer o âmago armado
do tempo esplêndido da alegria.
Mas também do tempo da amargura
que estraçalha
e desconfia.
Amadurecer.
A áspera saliência e rubra.
A macia maçã
do recôndito impulso.
Lindolf Bell
(do livro “O Código das Águas”)
Santo Cristo!
ResponderExcluirAi, ai...
Sabe, meu irmão, Lindolf Bell é um poeta catarinense, um dos maiores talentos lá da minha terrinha que, há alguns anos, levou sua poesia para o céu...
ResponderExcluirO conheci pessoalmente e ele era uma pessoa linda e um lindo poeta!
Possuía uma linguagem forte, erudita, contundente.
E Recôndito Impulso é um dos meus prediletos...
Então... ai, ai...
Beijos
Querida amiga e poetisa Lígia!!!
ResponderExcluirBelíssimo texto poético. Gostei mesmo. Meus parabéns!
Beijos de luz!!!
POETA CIGANO - 10/08/2010
www.carlosrimolo.blogspot.com