sexta-feira, 30 de julho de 2010

ANSEIOS


Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha cais!

Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais
Não valem o prazer duma saudade!

Tu chamas ao meu seio, negra prisão!…
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbre o brilho do luar!

Não estendas tuas asas para o longe…
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar!…

Florbela Espanca

5 comentários:

  1. Ah Mana que lindo isso...

    Sabe que fiquei imaginando você declamando...
    Adoro ouvir quando você lê poesia!
    Te amoooooooooo

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  2. Minha Ligia, Meu Poema,

    Sabe você que o meu coração é inquieto, sem habilidades para o silênciar.
    Jamais saberia trazer para si, tais conselhos, porque a morte o assambarcaria infalivelmente.
    Por desejar ardentemente, viver, ele sempre, vai...

    Ama!

    um beijo

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  3. Minha Mana Torta do coração,

    Eu amo você, sabia???

    Saudades!!!

    Beijos

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  4. Meu irmão amado, meu Sérgio,

    Até parece que o meu coração é muito quietinho e silencioso!!! Posso achar o poema da Florbela lindo e até tentar seguir os seus conselhos... mas conseguir, já é outra história!!!
    Meu coração não sabe viver sem amar, sem cantar, sem chorar, sem gritar... e, inevitavelmente, sem sofrer...
    E é bem assim que eu gosto!! rs

    Beijos

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  5. Festejemos, pois então, os nossos corações em gritos, minha Irmã de Pele Clara, porque viver sem amar é acovardar-se perante a vida e deixar de experimentar as suas maiores delícias.
    Pouco me importa se um punhal afiado se esconde nas plumas das asas desse amor, imitando o que diz Gibran Khalil Gibran.

    Em amor eu sempre irei e sem medo!

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